quinta-feira, 10 de abril de 2008

Velejador atravessa Pacífico com notebook blindado, à prova d´água, fabricado pela Semp Toshiba especialmente para Roberto Pandiani.



Por Edileuza Soares - 02/04/2008

O velejador paulista Roberto Pandiani, de 50 anos, já está com tudo pronto para iniciar a segunda parte de sua maior aventura. Ele vai fazer a travessia do Pacífico Sul entre o Chile e a Austrália, percorrendo 17,4 mil quilômetros de distância em mar aberto a bordo do Bye Bye Brasil, um barco catamarã. Ele parte no dia 27 de abril de Mangareva, na Polinésia francesa, local onde terminou a primeira etapa da viagem e deverá completar todo o percurso até setembro. No primeiro trecho, que começou em outubro do ano passado, em Viña del Mar (Chile), o trajeto completado foi de cerca de 7 mil quilômetros. Além de “Betão”, como é chamado esse apaixonado pelas águas do mar, apenas dois outros integrantes fazem parte da sua tripulação: o velejador francês Igor Bely e o notebook Extreme da Semp Toshiba, um modelo à prova d'água e resistente à queda projetado pela fabricante especialmente para ele. Em entrevista ao WNews, Pandiani contou como o seu laptop blindado lhe conecta com o mundo sem pifar. Ele é administrador de empresas e faz esse tipo de aventura desde que decidiu deixar de ser empresário de casa noturna para viver literalmente de brisa. Confira a seguir os principais trechos do bate-papo da nossa reportagem com esse fã da tecnologia wireless que acaba de lançar em DVD o documentário "Travessia do Pacifico":
WNews – O que seu notebook à prova d’água tem de diferente dos outros?
Roberto Pandiani (RP)– Ele é um computador mais resistente do que os do mercado para evitar que seja danificado pela água do mar. Seu teclado é contra umidade. Todas as teclas são cobertas com um material emborrachado. As saídas USB e entradas de cabos possuem uma tampa de plástico que impede a entrada de água.
WN – É um equipamento que pode ser jogado na água?RP – Não exatamente. Ele nunca caiu no mar nem foi usado embaixo de chuva. Ainda não expus meu notebook a esse tipo de risco, mas se cair água em cima dele, continuará funcionando por causa das proteções que traz.
WN – Como surgiu a idéia de fabricação dessa máquina?RP
– A Semp Toshiba me patrocina desde minha primeira viagem, que aconteceu em 1994 entre Miami e Ilha Bela – conhecida como Entre Trópicos. Em todas minhas aventuras usei notebook de última geração, mas precisava guardá-la de um case, uma caixa igual a que os fotógrafos carregam, para protegê-lo. Evitava usar o computador a bordo. Fazia isso somente quando estava em terra.

WN – Então você sugeriu à fabricante a produção de um portátil especial?RP – Sim. De 2005 para 2006 sugeri a fabricação de um notebook que oferecesse mais resistência à umidade, a vento e que pudesse ser usado na areia e a bordo de um catamarã, que é um tipo de barco sem cabine, portanto sem local coberto para proteção. Eles fizeram um protótipo e decidiram produzir esse tipo de notebook, que pode ser usado não apenas por velejadores em condições adversas como a minha, mas também por profissionais que trabalham em locais em que o equipamento fica mais exposto.
WN – Quando você estreou esse super notebook?RP – Ele foi nosso companheiro de viagem na primeira etapa da Travessia do Pacifico, que iniciamos em outubro do ano passado, quando partimos de Viña del Mar, no Chile, com destino à Polinésia Francesa.
WN – E para que você usa o notebook durante a viagem? RP – Com ele me conecto com o mundo e transmito tudo o que está acontecendo durante minha aventura. Acesso Internet, e-mail, mando post para meu blog (http://br.travessia.yahoo.com/), transmito fotos e falo com pessoas de qualquer lugar do planeta.
WN – Você usa messenger também?RP – Não. Eu acesso banda larga via satélite e é muito caro ficar conectado o tempo todo.
WN – Que outras tecnologias você usa a bordo de seu barco?RP – Meu notebook funciona conectato a um telefone via satélite, que uso para voz e também para enviar fotos, vídeos, textos, além de receber e-mails todos os dias. Temos um sistema de comunicação feito por telefones celulares usado pela equipe quando está em terra e por telefones via satélite quando estamos em mar aberto. Para a comunicação auxiliar, temos dois rádios VHF. Para a navegação, estamos equipados com três GPS e duas bússolas digitais, além de cartas náuticas.
WN – Você era empresário da noite, foi dono de casas como a Aeroanta em São Paulo, o que fez sair desse ramos para velejar? RP – Eu já participava de regadas e cansei da noite. Eu gostava do que fazia, meu negócio estava dando certo e era feliz, mas chegou uma hora que comecei a questionar tudo e tive a coragem de largar tudo para viver de brisa. Não pense que minha vida é moleza. Assim como todo empresário, preciso fazer um business plan de cada viagem, tenho que estar atualizado com as tecnologias e administrar um orçamento para que tudo dê certo.
WN – E como você mostra resultados?RP – Com a geração de produtos com lançamento de livros e agora acabei de lançar um DVD da primeira etapa da viagem ao Pacífico.

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